A cantora Priscilla Alcantara se envolveu em uma polêmica gigantesca ao afirmar, durante uma pregação, que os cristãos não são pecadores por serem filhos de Deus, e como Ele é “santo e perfeito”, dentro de sua lógica os que o servem também são.
A declaração infeliz repercutiu de forma rápida, com vários blogs e canais do YouTube tachando a jovem cantora como herege, pois sua declaração vai contra o que a Bíblia Sagrada ensina. Nas redes sociais, a rispidez nos comentários contra Priscilla causou espanto.
O blogueiro Thiago Oliveira publicou no Facebook uma reflexão sobre a afirmação de Priscilla, e diz que o erro está em “desconsiderar que em Cristo somos justificados e nossos pecados não mais serão contados no Dia do Juízo”, portanto, “somos salvos pela graça, mas o Cordeiro de Deus pagou o preço” na cruz.
“Pois todos pecaram e estão destituídos da glória de Deus”, disse o apóstolo Paulo na carta aos Romanos, capítulo 3, versículo 23.
Fazendo um contraponto à agressividade dos internautas nos comentários sobre o episódio, Oliveira chamou a atenção para pontos que passaram despercebidos da maioria, atribuindo parte da responsabilidade no erro da jovem ao ambiente que se formou nas igrejas e eventos evangélicos do Brasil.
“A forma como muitos procederam com relação a pessoa da Priscilla foi algo que passou do tom. Sei que dá para corrigir sem tachá-la de herege e adjetivos afins. Também alerto que o seu equívoco doutrinário não é termômetro para julgar a veracidade de sua fé. Há um mal no Brasil de que cantor gospel tem que sair pregando sem ter dom nem chamado para tal. Ela está inserida nessa – digamos – ‘cultura’ prejudicial ao Ministério da Palavra”, pontuou o blogueiro.
“Isso pode e deve ser combatido, mas que não se misture alhos com bugalhos: o zelo doutrinário não pode virar um neo-gnosticismo. Não sei a quanto tempo ela professa o credo cristão e desconheço a igreja que a mesma frequenta. As respostas para essas duas questões devem ser levadas em conta, pois, ainda há tempo para a Priscilla crescer em graça e no conhecimento do SENHOR, evitando assim algumas interpretações truncadas do Evangelho. Para isso, é bom sentar e aprender, não se considerar apta para ministrar a Palavra”, ponderou.
Estendendo um pouco mais a análise sobre a fala de Priscilla Alcantara, Oliveira lembrou que o sacrifício de Jesus nos torna “salvos da condenação e libertos do poder do pecado, declarados justos diante do Supremo Juiz pelos méritos de Cristo, o que não anula a nossa inclinação adâmica para pecar”, e acrescentou: “O fato de sermos santos em Cristo, é real, todavia não consumado. Deixaremos de sermos pecadores em definitivo apenas no advento da segunda vinda, quando adentrarmos no Reino dos Céus ‘ele transformará os nossos corpos humilhados, para serem semelhantes ao seu corpo glorioso’. Filipenses 3:21”.
Em sua conclusão, Thiago Oliviera frisou que, preservando a verdade bíblica, “há que se discordar veementemente da ideia de que não somos pecadores”, pois “neste mundo, estamos em santificação, que é um processo”. “E faz parte deste processo, o reconhecimento de nossa condição pecaminosa aliado a uma vida constante de confissão e contrição por nossos pecados. Que todo cristão venha entender isso, incluindo a Priscilla Alcântara, pois esta é a sã doutrina, Palavra que gera vida e nos coloca na dependência do nosso Deus bendito”.
Fonte: gospelreal
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